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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

GHERASHIM  LUCA
( Romênia )

 

Gherasim Luca ( pronúncia romena: [geraˈsim ˈluka] ; 23 de julho de 1913 9 de fevereiro de 1994) foi um teórico e poeta surrealista romeno . Nascido Salman Locker na Romênia e também conhecido como Costea Sar e Petre Malcoci , tornou-se apátrida após deixar a Romênia em 1952.Nascido em Bucareste , filho do alfaiate judeu Berl Locker (falecido em 1914), falava iídiche , romeno , alemão e francês . Em 1938, viajou com frequência a Paris , onde conheceu os surrealistas. A Segunda Guerra Mundial e o antissemitismo oficial na Romênia o forçaram ao exílio local . Durante o período pré- comunista da independência romena, fundou um grupo de artistas surrealistas com Gellu Naum , Paul Păun, Virgil Teodorescu e Dolfi Trost .Seguiram-se suas primeiras publicações, incluindo poemas em francês. Foi o inventor da cubomania e, em 1945, com Dolfi Trost, escreveu " Dialética da Dialética ", um manifesto do movimento surrealista Surautomatismo . Assediado na Romênia e capturado enquanto tentava fugir do país, deixou a Romênia em 1952 e mudou-se para Paris, passando por Israel .Lá, trabalhou com Jean Arp , Paul Celan , François Di Dio e Max Ernst , entre outros , produzindo inúmeras colagens , desenhos, objetos e instalações de texto. A partir de 1967, suas sessões de leitura o levaram a Estocolmo , Oslo , Genebra , Nova York e São Francisco . O retrato televisivo de Raoul Sanglas, "Comment s'en sortir sans sortir" , de 1988, tornou-o famoso entre um público maior.  No final da década de 1980, o prédio residencial de Luca em Montmartre foi considerado insalubre pelas autoridades francesas. Para ser transferido para outro prédio, ele teve que justificar sua cidadania. Como estava sem cidadania desde que deixara a Romênia, adquiriu a cidadania francesa ao se casar com sua companheira de longa data.

Em 9 de fevereiro de 1994, aos 80 anos, suicidou-se atirando-se ao rio Sena .

Foto e Biografia: en.wikipedia.org/wiki/Gherasim_Luca

 

POESIA SEMPRE. Rio de Janeiro.  Número 22. Ano 13.  Editor Marco Lucchesi.    Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional – Janeiro – Março de 2006.     
228 p.  ISSN 0104-0626.  No. 10 362
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda  

 

Tradução de MARCOS SILVA

 

                    Tomar Corpo

 Eu te floro                      eu te poeto
tu me faunas                   tu me danças
eu te lanço                      eu te particulo
eu te levo                        tu me perpendiculas
e te janelo                       e escaladesces
tu me ossas                     tu me visibilizas
tu me oceanas                 tu me perfilas
tu me meteoritas             tu me infinitas
eu te abro                       tu me indivisivas
eu te extraordinário          tu me ironizas
tu me paroxismas             eu te despedaço
eu me paradoxas              eu te ardento
eu te cravotoco                 eu te fonético
tu me silencias                  tu me hieroglifas
tu me espelhas                  tu me espacias
eu te relógio                      tu me torrentas
eu me miragens                 eu te torrento
tu me oásis                        em contraponto, mas tu
tu me passarinhas              mas tu me fluidas
tu me insetas                    tu me cadentas, me estrelas
tu me cataratas                 tu me vulcânicas
eu te luo                           não nos pulverizáveis
tu me nuvens                    não nos escandalosamente
tu me altomaras                dia e noite
eu te transparento             não nos hoje mesmo
tu me penumbras              tu me tandencias
me tanslucidas                  eu te concêntrico
tu me castelas                   tu me solúveis
e me labirintas                   tu me insolúveis
tu me parábolas                 tu me asfixiantes
tu me ergies                      e me libertadores
e me deitas                       tu me pulsatizas
tu me obliquas                   tu me êxtases
eu te equinócio
                tu me paixões
tu me absolutas                 tu os crocodilas

eu te assinto                      tu os fogos e os fascina
tu me absurdas                  tu me cobres
tomas corpo                       eu te descubro se invento
eu te nariz eu te penteado   às vezes tu me livros
eu te osso                          tu me unidas, me lábios
tu me obsessionas              eu te liberto, eu te deliro
eu te peito                          tu me deliras e apaixonas
eu te seio o peito o rosto     eu te costas eu te vértebros te tornozelo
eu te adorno                       eu te cílio se pupilo
tu me cheiros tu me vertigens    se não te enforco antes dos meus
pulmões
tu escorregas                             mesmo de longe tu me axilas
eu te coxo e te acaricio               eu te respiro
eu te frêmito                             dia e noite eu te respiro
tu me cavalgas                          eu te boca
tu me insuportáveis                   eu te palato  eu te dento eu te unho
eu te matam                             eu te vulvo em te pálpebra
eu te garganto eu te ventro        eu te hálito
eu te saio                                  eu te inguino
eu te jarreteio eu te calção eu te Bach     eu te sanguo eu te pescoço
eu te Bach para cravo                 eu te bochecho e te veio
seio e flauta                               eu te mão
eu te tremo                               eu te suor
tu me seduzes tu me absorves    eu te nuca eu te brigo
eu te arrisco eu te escalo            eu te navego

 tu me floras                              eu te ombro eu te corpo e fantástico
eu te nado                                    eu te retino no meu sopro
mas tu me giras                                tu me iris
tu me floras tu me estudas                   eu te escrevo
tu me carnas couros pelos mordidas       tu me pensas
tu me anáguas negras
tu me bailarinas vermelhas
e quando tu não salo altos os meus
sentidos

*
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Página publicada em abril de 2025.


 

 

 
 
 
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